VÁ MATAR A MÃE DO DEMÔNHO (VOLUME 27)

junho 3, 2016

Na canção Tieta, a Vedete de Santo Amaro largou a seguinte prosopopeia. “Todo mundo quer saber com quem você se deita, nada pode prosperar”.

Pois muito bem. Não obstante concordar que esta é uma admoestação muito pertinente, até porque entendo que ninguém deve ficar entrando na semana alheia, é impossível silenciar diante do mistério que cerca as reiteradas escalações de Amaral, ex-meio campista e atualmente baiana de acarajé. Então, peço escusas, mas solicito: por favor, alguém responda a esta dúvida sincera.  “Quem porra é que Amaral tá comendo no Vitória?”.

Aliás, mudei de ideia. Não precisa responder, não. E outra. Nem vou mais enveredar por este caminho porque senão vai ser divulgada aqui uma comilança de fazer inveja a Marco Ferreri.

As (faltas de) explicações para tantas e tamanhas infâmias devem ter outras razões.

Vejam o caso de Dagoberto, por exemplo. O indigitado é aquele tipo de jogador que entra em campo já querendo receber homenagem porque venceu cinco vezes o campeonato nacional. Então, por conta destas glórias pretéritas, ele acha que o mundo lhe deve favores. E acha também que seria se rebaixar muito dar um pique e voltar pra marcar. E pior. Até quando perde a bola, o que acontece em 96,78% das vezes, o sujeito bota a mão na cintura e fica parado, provavelmente esperando aplausos.

VÁ MATAR A MÃE DO DEMÔNHO!!!

E os problemas não param aí. Na lateral-esquerda (ala é a puta que o pariu), habita Diego Renan que, apesar de não comprometer muito, tem jogado improvisado já faz um século. E na lateral-esquerda (ala, vocês, já sabem quem é, né?) fica o coitado do Maicon Silva atuando improvisado de jogador. Sim, a pessoa não nasceu para o ramo ludopédico. O indigitado corre igual a um, sei lá, servente de pedreiro ou coisa que o valha. Porém, deve estar ali naquela função por causa da crise. Construção civil parada etc e cousa e tals.

E por falar em coisas estáticas, inclusive a concepção futebolística, que ficou perdida em algum ponto do Século XIX, temos na presidência do Vitória um sujeito que entende de bola o mesmo que Cascão, aquele de Maurício de Souza, conhece de Polo Aquático. Uma glória.

Óbvio que, mais cedo ou mais tarde, apenas o oportunismo de KIeza e a garra de Willian Farias não iriam resolver. E foi o que (não) aconteceu ontem. E o Vitória perdeu somente de 1 x 0 porque este time do Flamengo é, para ficarmos nos bons modos, horroroso. Aliás, encerro sem nada falar sobre a partida em si porque, francamente. não há nada a ser dito. Talvez reste a constatação de que, às vezes, pode ser melhor ver aquilo do que ser cego. Ou não, como gosta de dizer a vedete citada no início da homilia.

Mas, enfim. O campeonato ainda tá no início e ainda dá tempo de conclamarmos ao velho e ordinário bordão “mãos à obra”, mas alguém avise ao mandatário que não exatamente do modo que vai na imagem abaixo. Inclusive, dizem as más e boas línguas que foi assim, deste jeito, que ele montou o time para disputar a 1ª Divisão. Não duvido.

 

Raimundo Viana, com toda a sua sapiência, escolhendo o elenco para disputar a Série A

 

SÓ ELSIMAR COUTINHO NA CAUSA

maio 30, 2016

Antes de tudo e de mais nada, gostaria de recorrer aos universitários para esclarecer a seguinte e fundamental dúvida que me aperreia já tem um século. Alguém aí sabe me informar quem é que Vander tá comendo no Vitória? Sim, só pode ser isso. Não há hipótese de ser apenas um reiterado e infindo equívoco (favor enviar cartas para esta emissora).

Por falar em equívoco, um dos erros mais graves que cometi em minha vida querida que num é nenhum mar de rosas foi fazer vasectomia. Agora, terei que procurar o cientista Elsimar Coutinho para tentar desfazer o desmantelo, pois ainda quero ser pai de uma menina e pedir aos orixás pra que ela se case com Willian Farias. Sim, é o mínimo que devo a este sujeito que, há séculos, tá combatendo, armando, desarmando, chutando e o caralho aquático enquanto que Amaral, ex-meio campista e atual baiana de acarajé, num tem dado um pique pra seu ninguém. Fica só girando no meio como se estivesse mexendo numa panela de vatapá.

Mas derivo. Vamos falar de jangada, que é pau que bóia (deixa o acento, revisor sacana).

Seguinte foi este. O juiz nem tinha apitado direito o início da partida e Victor Ramos já tava dando uma braga, se tremendo todo e querendo entregar a rapadura. Encostado no alambrado, gritei. “Ô, sacripanta, eu sei que você voltou a beber e num tá mais com crise de abstinência. Pare com isso”. Pronto. O sujeito voltou a praticar algo parecido com futebol.

Antes de voltar ao seu estágio etílico normal, ele ainda deixou um careca escroto (por que diabos todo jogador careca é tirador de onda?) com nome de menino de playground, um tal de Patrick, dar um peteleco e contar com o auxílio pernicioso do goleiro Fernando Miguel.

Solidariedade animal. Um peru livrando a cara do Galo.

Ok, ok, desculpe, minha comadre, não farei mais estas piadas de tiozão do pavê. Vamos adiante. O problema é que não havia como ir adiante. O menino Leandro Domingues, responsável pela criação, parecia que tinha comido a mesma feijoada que bati lá no Santo Antônio Além do Carmo.

PUTAQUEPARIU A MARESIA DOS 600 DEMÔNHOS!!!

Como desgraça pouca é bobagem, numa ponta do ataque tinha o menino David ciscando de forma completamente improdutiva e…vander. Desculpe novamente, mas sou obrigado a repetir a pergunta, agora em caixa alta que é pra ver se alguém escuta e responde. QUEM É QUE PORRA VANDER TÁ COMENDO NO VITÓRIA?

Pois muito bem, digo, pois muito mal. Na segunda etapa, parecia que a casa ia feder a homem. Fernando Miguel tentou pagar o peru realizando defesas incríveis enquanto Willian Farias, meu futuro genro (alô, doutor Elsimar Coutinho) protagonizava um paradoxo. Comia a bola e Amaral engordava mais ainda, aumentando aquela bunda de nego sambador, só no miudinho.

Depois que gastei 18 litros de cepacol gritando, perguntando, indagando, questionando quem vander (deixa em caixa baixa, maestro) tava comendo, o técnico Mancini ficou meio envergonhado e tirou o sujeito. Óbvio que, com as costas e as frentes quentes, o indigitado ainda saiu debochando, batendo palmas para quem o vaiava.

É graça uma porra dessa?

E quem num tá pra graça é o menino Kieza. Depois de um lançamento preciso de Victor Ramos (viu, sacana, que voltar à cachaça lhe fez bem?), ele ganhou do zagueiro e, com a categoria de quem conhece a zona do agrião, deixou o goleiro Victor mais perdido do que surdo em dia de bingo cantado e guardou a criança. Birro 4, gritou o locutor.

No fim, Alípio ainda teve a chance de garantir os três pontos, mas parece que incorporou o espírito de… vander. E mais não digo, que é pra num dar azar. Alô, Elsimar Coutinho, já passou da hora de capar este cidadão que envergonha a camisa 17 do Vitória.

Literalmente, no peito e na raça. O único erro de Kieza neste campeonato é esta chuteira colorida.

 

 

 

 

 

BRASIL, O PAÍS DO OXÍMORO

maio 26, 2016

Brasil, teu nome é oximoro. Enquanto, de um lado, uns rebanhos de canalhas confessam que eles e os seus cúmplices estão “todos se cagando”, do outro surge a esperança: nada de arrego. É raça, raça & raça até o final do campeonato ou do mundo, o que dá no mesmo. É isso. Só teremos chances de enfrentar os poderosos assim, na tora, na raça, disgraça!.

Sim, sei que alguns metidos a realistas, podem dizer, não sem razão, que o América Mineiro num é exatamente um sinônimo das terríveis forças e grandezas de Pindorama. Ok, aquiesço, não sem antes lembrar que o Coelho é o atual campeão mineiro, ganhando o título em cima do Atletico. Porém, não é só isso. Afinal, como já não diria aquela dupla sertaneja Ortega & Gasset: um jogo é um jogo e suas circunstâncias.

“E quais foram as circunstâncias dessa peleja?” Pergunta-me a Moça do Shortinho Gerasamba, que anda mais sumida e calada do que ministro do STF depois das últimas gravações comprometedoras da infinda farsa de Pindorama.

E eu, que nunca deixo a referida sem resposta, explico. Seguinte, minha comadre. Até num sei quantos minutos do segundo tempo (não me pergunte a hora exata, pois não uso relógio), o jogo estava numa maresia dos 600 DEMÔNHOS. Nossa limitada agremiação, não conseguia criar nada. Em termos de ruindade, era pior do que o ministério de Dilma e de Temer juntos.

Como desgraça pouca é bobagem, Victor Ramos, que desde que parou de beber tá numa tremedeira do cão, com um síndrome de abstinência de fazer inveja a este etílico e cabeludo locutor, entregou, uma vez mais, a rapadura. E a casa, que já fedia a homem, piorou quando nosso lado direito (a direita num se cansa de querer enojar meu baba) ficou desfalcado do lateral infantilmente expulso.

Muitos, desesperados, já estavam pedindo até a volta da monarquia, quando o pequeno príncipe Alípio abandonou a realeza, se entregou à capoeira, se jogou no chão, deu um rabo de arraia reverso na bola, que sobrou para o IMPERADOR K NOVE mostrar como é que se faz.

Alguns pessimistas podem até dizer que foi cagada, aquiesço novamente. Mas ressalto que num foi aquela cagada desprovida de honra, como a que está a infestar Brasília & adjacências. No caso Rubro-Negro, ela veio temperada com raça. E talvez seja este o nosso caminho da salvação: força & cagada, ou, melhor dizendo: garra & sorte.

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A foto Gazeta Press é do último domingo, mas esta raça tem que ser eterna.

 

O ANO (FINALMENTE) COMEÇOU

maio 24, 2016

Chega de mistificações. Neste grave momento da nação, mais do que nunca, faz-se mister falar algumas verdades que salvam e libertam. Assim, começo a mais esperada, abalizada, vilipendiada e aliterada homilia do Norte e Nordeste de Amaralina trazendo à baila o seguinte e inoxidável axioma.

Recebam.

Ao contrário do que pensam os incautos, o ano na Bahia não se inicia depois do Carnaval. Não e nécaras. Isto é uma das tantas culhudas proferidas pelas bahiatursas da vida para enganar turistas, otários e afins. Nesta província lambuzada de dendê e de exclusão, o calendário só tem início efetivo quando o Vitória começa a jogar bola. O resto é entressafra. E, como neste domingo, diante do Corinthians, o Leão praticou algo parecido com o Ludopédio, já se pode afirmar sem medo de errar: o ano, finalmente, começou. Atenção, hereges, acertem os ponteiros dos relógios, pois estamos em 2016. Pode vibrar, torcida brasileira!

É fato que o ano não começou sem sobressaltos. O setor direito da equipe (a direita sempre querendo me lenhar) tentou de todos os modos entregar a rapadura ao inimigo. Porém, logo na sequência, Leandro Domingues mostrou porque, mesmo capenga, ainda merece o título de SANTO. Driblou 18 DEMÔNHOS do time adversário e mandou a criança chorar no cantinho esquerdo. Já íamos soltar fogos para saudar a chegada do novo ano, quando a direita voltou a assombrar, abrindo as pernas para os poderosos sudestinos.

Como é público e notório, esta época de passagem é sempre um período de promessas. E se tem promessa, tem dívida. Foi assim que o Corinthians sofreu um gol duvidoso, alguns dizem roubado, mas, se foi roubado, apenas ocorreu a reparação de uma dívida histórica.

Mas derivo. O que eu queria mesmo dizer neste início de ano é o seguinte. Depois de me raciocinar todo e (re) ver e analisar 1.372 vezes o lançamento para o terceiro gol do Vitória diante do Corinthians, cheguei à óbvia conclusão de que os graves problemas & impasses de Pindorama podem ser resolvidos.

Como assim? Basta colocar Leandro Domingues na Presidência. Afinal, o cara que é capaz de fazer um lançamento daquele naipe, consegue tranquilamente executar tarefas menos complicadas, como a reunificação do país e outras mumunhas.

AMÉM?

EU ACUSO: VICTOR RAMOS JOGOU DE FORMA ILEGAL

março 27, 2016

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice”.

Conforme é de conhecimento da culta e poliglota torcida Rubro-Negra, esta sentença acima, proferida pelo imenso Émile Zola, no libelo j’accuse, significa exatamente “meu dever é falar, não quero ser cúmplice”.

Pois muito bem. Neste exato momento, noves fora a falta de talento, sinto-me igual ao escritor francês. Não posso ser cúmplice com meu silêncio. Então, eu acuso. No jogo deste sábado contra o Flamengo de Guanambi, o zagueiro Victor Ramos jogou de modo não só ilegal, irregular, mas imoral.

E, apesar de saber que contarei com a oposição de muitos amigos, não posso trair minha consciência. Sei que alguns poderão colocar em xeque até mesmo minha opção clubística, mas o momento requer, acima de tudo, uma análise isenta. Então, repito e acrescento.  O zagueiro Victor Ramos jogou de modo não só ilegal & imoral, mas também, porque não dizer, sobrenatural.

Sim, amigos de infortúnios, só mesmo as forças ocultas para explicar uma atuação daquela. O sujeito parecia que estava possuído. Antecipou-se em 974 jogadas (sim, eu contei), saiu jogando com categoria, deu firmeza à zona do agrião e ainda foi azucrinar a zaga adversária. Um assombro deste só pode ter sido uma ilegalidade.

Aliás, é bom registrar, a culpa não foi só do referido. O time todo foi cúmplice. O menino Leandro Domingues, então, deu uns dribles de corpo que nem o maior contorcionista dos integrantes do Circo de Soleil conseguiria. Se aquilo também num é algo ilegal, eu já num sei mais o que é. E Marinho? Repito. E Marinho? O que foi aquilo? Aquelas arrancadas, aqueles piques deixariam até Ben Johnson dopado com vergonha. E existiram diversas outras irregularidades que a pressa (e a ressaca, principalmente esta) não me permitem agora relatar.

Portanto, encerro esta breve e ressaqueada homilia fazendo coro às viúvas chorosas de itinga e à imprensa escrota que querem punir o Vitória. Realmente, a partida deve ser anulada. Aliás, pior. Diante deste quadro que relatei, acho mesmo que o Leão tem que perder os pontos, ser expulso de todas as competições, pois o que aconteceu foi algo muito desproporcional, ilegal, imoral e o caralho aquático.

Agora, por fim, apenas um conselho às sardinhas. Comecem a dançar com a bunda na parede, pois se o Rubro-Negro voltar a repetir a atuação de ontem, e voltará, a madeira vai gemer em 18 idiomas.

DIA 13 EU VOU!!!

março 10, 2016
Peço licença aos sensatos, cartesianos, moralistas, ponderados, legalistas e até muitos esquerdistas que, sempre com medo do enfrentamento, estão me aconselhando a não sair de casa no próximo domingo, dia 13. Agradeço pela preocupação e por vossas sábias recomendações, porém, uma vez mais, guiar-me-ei (chupa, Jânio Quadros) pela paixão juvenil. E estarei no pé da obra pronto para o bom combate.

 

Óbvio que, apesar da paixão juvenil que me move, não sou menino. Sei que os que estão do outro lado da trincheira, alguns até meus amigos, serão maioria absoluta. E sei também que eles sempre tiveram o apoio da justiça, da escrota imprensa (especialmente dela) e de grande parte dos poderosos de plantão. Pouco importa. Repito. Estarei no pé da obra pronto para o bom combate.

 

E quando friso bom combate é para deixar claro que não estou com a visão obnubilada. Sei perfeitamente que alguns de nossos líderes cometeram e cometem erros. Aliás, se alguém disser que nosso principal líder era para estar na cadeia, mesmo não sendo punitivista e achando que ainda não se tem provas cabais, não teria mais outros tantos argumentos para defendê-lo. Sim, até porque nosso presidente, infelizmente tenho que chamá-lo assim, já foi acusando de estar envolvido em algumas supostas tenebrosas transações.

 

Contudo, o que eu acredito mesmo é que estamos numa batalha importante. Sim, amigos, fato que ainda não é a decisiva,  mas é uma peleja onde não se pode titubear. Não podemos cometer o erro de deixar eles ganharem no grito, mesmo quando eles efetivamente foram derrotados, a exemplo do que tá ocorrendo agora. Afinal, nós somos os atuais vitoriosos, mas eles é que estão tirando esta onda toda.

É fato que a situação já foi muito pior. Na época da ditadura, por exemplo, só tomávamos porrada. Vencemos quase nada. Até mesmo logo depois da redemocratização a madeira continuou gemendo. Só depois é que conquistamos uma certa hegemonia, mas nada que nos conceda o direito ao comodismo. Ao contrário. O momento atual é crítico e temos que estar atentos e fortes.

 

E, apesar de saber que estamos num instante crítico e instável, ou talvez exatamente por causa disso, é que estou disposto a enfrentar todos os riscos. Assim, logo cedo, pegarei minha bandeira e, por becos, bares, ladeiras e vielas, bradarei o velho grito de guerra sem medo de ser feliz: NEGOOOOOO, NEGOOOOOO.

 

É isso. Neste domingo, no jogo diante das sardinhas na Fonte Nova, não cabe vacilação. Pra cima deles, Vitória.

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P.S Ah, sim, me falaram agora que no dia 13 ocorrerão outras coisas aí, mas aqui, nesta impoluta tribuna, só tratamos de temas relevantes para a nação.

QUEM BEM FEZ FOI LEANDRO DOMINGUES

fevereiro 22, 2016

Na ensolarada e inconsequente manhã dominical, sou parado na briosa feira do fim de linha do Nordeste de Amaralina por aquele tipo de personagem que nunca vi de chapéu nem de vista, mas que é meu amigo desde sempre, sabe um monte de coisas sobre minha vida, inclusive que, logo mais, à tarde, estarei me martirizando no Barradão para testemunhar a peleja entre Vitória x Jacobina. E assim, sem dar boa tarde nem bom dia, ele já larga logo.

– Quem bem fez foi Leandro Domingues.

Para dialogar com este tipo de personagem que só se encontra na briosa feira de fim de linha do Nordeste de Amaralina não se pode demonstrar espanto. Não cabe perguntar “como assim?”. É preciso muita catilogência. Então, depois de me raciocinar todo, respondo a esta questão enigmática com uma pérola da filosofia moderna.

– É verdade.

Após ouvir meu abalizado comentário, ele prossegue, com a voz triunfante.

– Então, quem bem fez foi Leandro Domingues.

Como eu não poderia recorrer novamente ao mesmo axioma anterior, inovei.

– É fato.

Vendo que estamos na mesma sintonia, ele deslancha.

– Pois é. Quem bem fez foi Leandro Domingues (quem aguenta uma porra de uma repetição desta com o sol inclemente azucrinando o seu resto de juízo?) que inventou uma dor na coxa para nem aparecer lá. Só o cara sendo muito otário para gastar seu tempo num negócio sem futuro.

Havia uma verdade implacável naquela sentença, mas este rouco, cansado e cabeludo locutor é insistente. E otário. E vou ao Barradão. Porém, quando a bola começar a rolar (rolar é um modo carinhoso de falar, pois a disgramada pulava mais do que uma guariba, maltratada por aqueles pernas-de-pau) não consigo prestar atenção no jogo.

Os maledicentes, não sem razão, vão dizer que meu alheamento, meu olhar perdido, minha desconcentração, é consequência das canjebrinas e das ressacas ancestrais. Também. Contudo é mais do que isso. Eu não conseguia prestar atenção no jogo, pois ficava martelando em minha mente a frase fatal do meu eterno amigo do fim de feira: “negócio sem futuro”.

E a bola, vá lá, rolava e eu derivava, pensando quantas vezes tentamos prolongar um casamento falido, achando que ele irá se reacender, que das cinzas surgirão novas brasas. E assim, mesmo tendo a certeza de que é algo sem futuro, prolongamos uma dor, aliás, nem dor é, uma sensação de vazio, de esperança vazia e vã, por um tempo infindo. Porém, não há mais amor, só o desejo/medo de que não termine. E assim adiamos. E tudo se degrigola, fica sem sabor. E se, um dia, não damos um basta definitivo, viveremos ad eternum prisioneiros desta covardia.

Mutatis mutandi, o mesmo se aplica ao brioso campeonato baiano. Depois de muito relutar e prolongar o vazio, ontem, pela primeira vez depois de séculos, sucumbi à tese de que é imperioso acabar com os torneios estaduais. E é bom que façamos isso enquanto a gente ainda acredita que ama os referidos.Afinal, sempre chega  uma hora em que é inútil tentar prolongar o vazio.

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NÃO É APENAS RESSACA

 

O VERÃO DA DEMOCRACIA RUBRO-NEGRA

dezembro 21, 2015

Era 20 de dezembro, véspera de verão, a estação da luz. Sem combinação prévia, em um daqueles impulsos juvenis impossíveis de serem contidos, um bando de jovens insensatos e insanos, que morava/perambulava por Nazaré, Mouraria, Tororó e adjacências no glorioso e temerário ano de 1985, decidiu pular o profundo fosso que separava o inatingível gramado das maltratadas arquibancadas da velha Fonte Nova.

Era 20 de dezembro, véspera de verão, a estação da luz. A princípio, tudo aquilo parecia uma obscura temeridade. E, quando os primeiros se atreveram a fazer a perigosa travessia, muitos olharam de soslaio, recriminando aquele ato que parecia inconsequente.

Era 20 de dezembro, véspera de verão, a estação da luz. E nós, utópicos, mesmo diante da descrença da maioria, achávamos que era possível estar perto de nosso Clube. Sim, acreditávamos que podíamos rasgar aquela linha invisível e intangível que sempre nos separa de nossos sonhos.

Era 20 de dezembro, véspera de verão, a estação da luz. E já não éramos mais apenas uns, e sim muitos. E pouco tempo depois, a nossa ousadia de enfants terribles contagiou a massa. E uma multidão incalculável se juntou a nós, cercando as quatro linhas do campo. E invadimos o estádio, a cidade, a Bahia, o mundo, e vibramos juntos com Ricky, Bigu, Ivan & companhia ilimitada. E foi a primeira vez que tive a sensação de pertencimento em relação ao Esporte Clube Vitória. Ali, misturados com os heróis do título de 1985 e muitos outros heróis anônimos, percebíamos/sentíamos que o Clube nos pertencia.

 

Pois muito bem.

Passaram-se inúmeros 20 de dezembro, muitos outros verões e continuamos a amar. Porém, era aquele amor em que o cansaço estava vencendo o cio, faltando um pedaço. Parecia pleno, mas não recíproco, carecia de um sentimento fundamental: pertencimento.

Contudo, desistir, nem desesperar, jamais. E seguimos lutando per seculae seculorum contra forças muito mais poderosas do que aquela tinhosa Catuense que derrotamos na década de 80.

No início, éramos bem poucos, muitos menos do que os jovens que começaram a histórica invasão do gramado naquela peleja ancestral. Entretanto, sabíamos que um dia chegaria outro 20 de dezembro, véspera do verão, a estação da luz, com muito mais Rubro-Negros dispotos a fazer a travessia.  E ele, o verão da democracia rubro-negra, finalmente, chegou.

É verdade que alguns românticos podem sentir falta do heroísmo de antanho. Afinal, em vez de saltar o fosso da velha Fonte Nova e correr da polícia, estávamos confortavelmente instalados no asséptico e insosso espaço lounge do que hoje se chama Arena. Contudo, sonhos não precisam obedecer a geografias.

E, neste 20 de dezembro, véspera de verão, a estação da luz, nós, utópicos, mesmo diante da descrença da maioria, provamos que é possível estar perto de nosso Clube. E, juntos, rasgamos definitivamente a terrível linha invisível e intangível que sempre nos separou de nossos sonhos.

A partir de agora, não é mais véspera, já é verão para os Rubro-Negros. O eterno verão da democracia. Acabou-se o fosso. O Vitória e sua torcida se pertencem.

COMPROMISSO INADIÁVEL COM A DEMOCRACIA

dezembro 19, 2015
2015.03.29 - diretasja (1)

Foto: Eduardo Martins. Agência A tarde

Amigos,

Neste domingo, a partir das 9h, na Fonte Nova, o Esporte Clube Vitória dará um passo fundamental para se transformar em uma instituição democrática. Finalmente, depois de superarmos diversos obstáculos, teremos a tão aguardada Assembleia Geral para mudança do estatuto, que estabelecerá as eleições diretas para presidente.

Quis o destino que a data que entrará definitivamente na História do nosso clube tenha caído exatamente no dia dedicado à comemoração da bondade. Sim, o 20 de dezembro, nos calendários comemorativos, é o dia da bondade.

É fato que, a princípio, este substantivo feminino talvez não seja o mais apropriado para designar a conquista da democracia. Existem outras palavras que combinam muito melhor, a exemplo de determinação, luta e perseverança. Porém, quis o destino que fosse no dia da bondade. Então, assim será. Portanto, sem esquecermos a combatividade, que será fundamental para assegurarmos os avanços,  estaremos lá guiados também pela generosidade, que é prima carnal da utopia e de outros sonhos inadiáveis.

Afinal, não custa lembrar que foi com a generosidade e dedicação de muitos Rubro-Negros que conseguimos reverter um quadro tenebroso em nosso clube, ancestralmente dominando por uma oligarquia que se comportava como uma casta.

Para ilustrar, recordemos que, há pouco mais de cinco anos, falar em eleições diretas no Vitória era quase sinônimo de palavrão. Os que lutavam por democracia no Leão eram vistos como ingênuos ou, pior, tachados de oportunistas, seja por dirigentes que não queriam largar o osso ou por seus escrotos porta-vozes na mídia baiana.

Pois muito bem. Depois de diversas e  constantes batalhas, inicialmente nas arquibancadas e depois furando o cerco na imprensa, finalmente o tema conquistou, em definitivo, o coração e as mentes da esmagadora maioria da torcida. E até os antigos dirigentes foram obrigados a se pronunciar sobre o tema.

Fizemos história. Fizemos e faremos. Amanhã vai ser este marco inaugural de um novo tempo. E todos vocês que estiveram juntos tem o dever (e mais do que isso, o prazer) de celebrar esta fundamental conquista.

Nos vemos na Assembleia neste domingo histórico.

Saudações Rubro-Negras e Democráticas.

 

NÃO AO RETROCESSO!!!

outubro 9, 2015

Na última reunião do conselho deliberativo do Esporte Clube Vitória, no dia 25 de setembro, finalmente a comissão de reforma do estatuto apresentou a minuta do trabalho realizado nos últimos nove meses. O colegiado foi criado no final de dezembro de 2014 e tinha prazo de um semestre para concluir o serviço. Portanto, houve um atraso de três meses.

Porém, não ficou restrito a isso. É fato que projeto contém avanços, mas há também alguns problemas. A propósito, Felipe Ventin, professor universitário de Direito, fez uma análise do mesmo, apontando uma série de equívocos, imprecisões e lacunas.  Logo abaixo reproduzirei alguns trechos do minucioso trabalho efetuado pelo advogado. Antes, porém, quero chamar a atenção dos amigos Rubro-Negros para uma VERDADEIRA TENTATIVA DE GOLPE, um balão de ensaio lançado pelo atual presidente do conselho deliberativo, Zé Rocha.

Seguinte.

Em entrevista concedida ontem ao Site Bahia Notícias, ele defendeu  a ESTAPAFÚRDIA e elitista proposta de que só podem ser candidatos a presidente quem faz ou já fez parte do conselho.  Traduzindo: a ideia de Zé Rocha é criar uma casta onde só os mesmos de sempre possam continuar a ter  voz e vez nos destinos do Vitória. É a perpetuação da insensatez.

Porém, a torcida Rubro-Negra, que tem lutado firmemente em prol da democratização do Clube, não vai aceitar nem permitir nenhum tipo de retrocesso. Mais do que nunca, estamos atentos e vigilantes para impedir estas e outras tenebrosas manobras. Aliás, a proposta atual precisa é ser aperfeiçoada. Eis algumas sugestões apresentadas pelo professor de Direito e advogado Felipe Ventin.

 

Foto: Eduardo Martins. Agência A tarde

Foto: Eduardo Martins. Agência A tarde

CATEGORIA DE ASSOCIADOS

O novo Estatuto deveria esclarecer definitivamente o que são os associados contribuintes e patrimoniais. Há muita vagueza na definição e condição desses sócios. Como se tornar sócio contribuinte e patrimonial? De maneira lacônica, preceitua o novo Estatuto:

Art. 5º – Poderá ser admitido como associado do Clube, com aprovação do Conselho Diretor, a pessoa física que desejar, por manifestação expressa, preenchidas as condições estatutárias e regulamentares do Clube. Parágrafo Único – O Conselho Diretor apreciará e decidirá sobre o requerimento no prazo de até 60 dias.

Que condições gerais e estatutárias são essas? Vejam também a vagueza do art. 6, §3º:

Art. 6º, § 3º – Para ser admitido como Sócio-Patrimonial, o candidato deverá adquirir o respectivo título e preencher os requisitos gerais.

Que requisitos gerais são esses? Afinal, quem são os sócios patrimoniais? Isso sempre foi um mistério.

Há ainda um denominado CAPÍTULO III, intitulado DA ADMISSÃO E READMISSÃO DO SÓCIO. Notem como o art. 14 desse capítulo é igualmente lacunoso e impreciso.

Art. 14 – São condições para ingresso no quadro de associados do VITÓRIA, além do compromisso de ser fiel e preciso nas declarações prestadas, obrigar-se o candidato a todos os preceitos constantes deste Estatuto, quais sejam:

  1. Adquirir o título de sócio ou associar-se aos programas de fidelidade do VITÓRIA;
  2. Gozar de boa conduta;

Como adquirir o título de sócio? Programa de fidelidade, OK, que é o SMV. E afinal, do que se trata essa boa conduta? Quem julga esse conceito subjetivo e moral?

MANIFESTAÇÃO POLÍTICA

O art. 9º, IV determina que “são deveres do associado, independentemente de sua categoria abster-se de manifestação de natureza política, racial, de gênero, religiosa ou classista, nas dependências do VITÓRIA”;

Acredito que manifestações político-partidárias não sejam bem-vindas, mas o conceito de política é muito mais amplo que isso. Como impedir que nos manifestemos em favor da democracia, que é uma típica manifestação política? E para condenar eventuais atos racistas ou homofóbicos no clube ou no futebol? Nos calaremos? Acho uma mordaça desnecessária.

ADVERTÊNCIA VERBAL

O art. 10, inciso I prevê uma penalidade bastante perigosa que é a advertência verbal.

Art. 10 – O associado que infringir as disposições deste Estatuto, do Regimento ou dos Regulamentos Internos do VITÓRIA estará sujeito às penalidades seguintes, de acordo com a natureza da infração:

  1. Advertência verbal;

Porém, o absurdo mesmo é quem poderá aplica-la, vejam só:

  • 1º – A Advertência verbal poderá será aplicada por qualquer dos membros dos Conselhos Deliberativo, Diretor, ou Fiscal, ao associado que cometer infração considerada de pequena significância e sem maiores repercussões na convivência e disciplina. A advertência verbal será anotada no prontuário do advertido.

Trata-se de medida bastante ditatorial, que estimula a concentração de poder na mão dos dirigentes, que poderão censurar condutas dos associados que eles julgarem inconvenientes.

A advertência verbal é perigosa também pois não é documentada, não há contraditório, ampla defesa. Há também uma grande imprecisão no conceito de “infração de pequena significância”. O que vem a sê-la? E se essa infração não tem maior repercussão na convivência e disciplina, por que ela é infração? Aonde estão tipificadas tais infrações?

 

DIVULGAÇÃO DA LISTA DE SÓCIOS

A lista de sócios não deve ser divulgada apenas quando do edital da Assembleia, conforme disciplina o art. 23, parágrafo único.

Art. 23 Parágrafo Único – Na mesma data da publicação do Edital, deverá ser divulgada, no site do Clube e na sede administrativa, a lista de sócios atualizada, identificando-se os sócios aptos a exercer o direito de voto, sob pena de nulidade do ato convocatório.

A lista de sócios deve ser permanentemente divulgada, devendo ela estar sempre disponível e atualizada no site oficial do clube, conforme preceito da Lei Pelé (Lei 9.615/98 – art. 18-A, inciso VIII).

Art. 18-A.  Sem prejuízo do disposto no art. 18, as entidades sem fins lucrativos componentes do Sistema Nacional do Desporto, referidas no parágrafo único do art. 13, somente poderão receber recursos da administração pública federal direta e indireta caso:

VIII – garantam a todos os associados e filiados acesso irrestrito aos documentos e informações relativos à prestação de contas, bem como àqueles relacionados à gestão da respectiva entidade de administração do desporto, os quais deverão ser publicados na íntegra no sítio eletrônico desta.

 

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO

 

O novo Estatuto ainda prevê a retrógada figura do Conselheiro Nato.

 

Art. 26 – O Conselho Deliberativo é o órgão superior representante do quadro de associados, e compõe-se de membros natos e eleitos.

 

  1. São membros natos do Conselho Deliberativo os ex-presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho Diretor.

Quanto aos elegíveis, são eles

  1. Os associados contribuintes efetivos;
  2. Os associados patrimoniais;
  3. Os associados torcedores titulares;

Há um pequeno erro no art. 26, inciso II, alínea “a”, pois o novo estatuto não mais prevê várias subcategorias de associados contribuintes. No estatuto anterior os associados contribuintes realmente eram divididos em efetivos, temporários e infanto-juvenil.

E afinal, quem são esses associados contribuintes? Os conselheiros? O Estatuto precisa deixar clara essa categoria de associado.

CONSELHO DIRETOR

O art. 34 prevê Presidente e Vice-Presidente do Conselho Diretor (que são conhecidos popularmente como Presidente e Vice-Presidente do Vitória) remunerados.

Porém, prevê 5 cargos inominados (membros do Conselho Diretor) sem remuneração. Qual a função deles? Quais suas atribuições? Dar pitaco? Ou seja, o Conselho Diretor (uma espécie de Conselho de Administração do Vitória) será composto do total de 7 membros, com mais de 36 meses de associação. Acho o número excessivo. Bastariam no máximo 5 membros, sendo dois deles o Presidente e o Vice-Presidente.

O novo estatuto previu apenas vacância do cargo de presidente. Caso ele renuncie, o Conselho Deliberativo elege indiretamente um novo Presidente. E caso os demais integrantes do Conselho Diretor renunciem? O que acontece? Nada foi previsto.

DEMAIS OBSERVAÇÕES

O Estatuto tem que prever o afastamento imediato e inelegibilidade, pelo período de, no mínimo, cinco anos, de dirigente ou administrador que praticar ato de gestão irregular ou temerária, conforme exigência do art. 4º, inciso VIII da Lei Federal nº 13.155/2015 (Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte – LRFE).

Seria interessante deixar claro no Estatuto que devem ser também inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins até o 2o (segundo) grau ou por adoção do presidente do Conselho Diretor, na ocasião de findado o seu mandato, conforme exigência do art. 18-A, §3º, II da Lei 9.615/98, alterada pela Lei 12.86/2013. Evitar o nepotismo.

Não há nenhum critério para a remuneração dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do Conselho Diretor, bem como os 7 Superintendentes Executivos Subordinados, que serão os cargos remunerados do Vitória. É uma boa sugestão a se fazer. Constar no Estatuto qual o salário ou índice de referência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O novo Estatuto, com alguns ajustes a serem feitos, parece contemplar a pauta principal de reivindicações do movimento Vitória Livre, do qual tenho orgulho de fazer parte, composta dos seguintes itens

1) ELEIÇÕES DIRETAS para os cargos de Presidente e Vice-Presidente do Conselho Diretor e também para o Conselho Deliberativo.

2) COMPOSIÇÃO PROPORCIONAL do Conselho Deliberativo à votação alcançada por cada uma das chapas concorrentes;

3) REDUÇÃO do número de cargos no conselho, que é atualmente de 450.

4) DEMOCRACIA SEM TRAVAS para que o único requisito para elegibilidade a todos os cargos do clube seja apenas o tempo de associação, que deverá ser votado em assembleia.

5) MANDATOS DE 3 ANOS com possibilidade de apenas uma reeleição.

6) DOIS TURNOS nas eleições para o cargo de Presidente na hipótese em que nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos válidos.

7) PROFISSIONALIZAÇÃO com remuneração dos cargos diretivos e regime de dedicação exclusiva.

8) TEMPO DE CARÊNCIA para evitar que pequenos atrasos na renovação do Sou Mais Vitória impeçam a continuidade na vinculação ao plano, devendo o prazo ser decidido em assembleia.

9) PUBLICIDADE para que a relação de sócios deva estar sempre disponível e atualizada na página oficial do clube;

10) ACESSO À INFORMAÇÃO, devendo as atas e prestações de contas ser acessíveis aos sócios, com publicação de Demonstrações Financeiras anuais até março do ano seguinte e auditoria contábil feita por firma multinacional, idônea, e reconhecidamente competente”.