Antes de tudo e de mais nada, gostaria de recorrer aos universitários para esclarecer a seguinte e fundamental dúvida que me aperreia já tem um século. Alguém aí sabe me informar quem é que Vander tá comendo no Vitória? Sim, só pode ser isso. Não há hipótese de ser apenas um reiterado e infindo equívoco (favor enviar cartas para esta emissora).
Por falar em equívoco, um dos erros mais graves que cometi em minha vida querida que num é nenhum mar de rosas foi fazer vasectomia. Agora, terei que procurar o cientista Elsimar Coutinho para tentar desfazer o desmantelo, pois ainda quero ser pai de uma menina e pedir aos orixás pra que ela se case com Willian Farias. Sim, é o mínimo que devo a este sujeito que, há séculos, tá combatendo, armando, desarmando, chutando e o caralho aquático enquanto que Amaral, ex-meio campista e atual baiana de acarajé, num tem dado um pique pra seu ninguém. Fica só girando no meio como se estivesse mexendo numa panela de vatapá.
Mas derivo. Vamos falar de jangada, que é pau que bóia (deixa o acento, revisor sacana).
Seguinte foi este. O juiz nem tinha apitado direito o início da partida e Victor Ramos já tava dando uma braga, se tremendo todo e querendo entregar a rapadura. Encostado no alambrado, gritei. “Ô, sacripanta, eu sei que você voltou a beber e num tá mais com crise de abstinência. Pare com isso”. Pronto. O sujeito voltou a praticar algo parecido com futebol.
Antes de voltar ao seu estágio etílico normal, ele ainda deixou um careca escroto (por que diabos todo jogador careca é tirador de onda?) com nome de menino de playground, um tal de Patrick, dar um peteleco e contar com o auxílio pernicioso do goleiro Fernando Miguel.
Solidariedade animal. Um peru livrando a cara do Galo.
Ok, ok, desculpe, minha comadre, não farei mais estas piadas de tiozão do pavê. Vamos adiante. O problema é que não havia como ir adiante. O menino Leandro Domingues, responsável pela criação, parecia que tinha comido a mesma feijoada que bati lá no Santo Antônio Além do Carmo.
PUTAQUEPARIU A MARESIA DOS 600 DEMÔNHOS!!!
Como desgraça pouca é bobagem, numa ponta do ataque tinha o menino David ciscando de forma completamente improdutiva e…vander. Desculpe novamente, mas sou obrigado a repetir a pergunta, agora em caixa alta que é pra ver se alguém escuta e responde. QUEM É QUE PORRA VANDER TÁ COMENDO NO VITÓRIA?
Pois muito bem, digo, pois muito mal. Na segunda etapa, parecia que a casa ia feder a homem. Fernando Miguel tentou pagar o peru realizando defesas incríveis enquanto Willian Farias, meu futuro genro (alô, doutor Elsimar Coutinho) protagonizava um paradoxo. Comia a bola e Amaral engordava mais ainda, aumentando aquela bunda de nego sambador, só no miudinho.
Depois que gastei 18 litros de cepacol gritando, perguntando, indagando, questionando quem vander (deixa em caixa baixa, maestro) tava comendo, o técnico Mancini ficou meio envergonhado e tirou o sujeito. Óbvio que, com as costas e as frentes quentes, o indigitado ainda saiu debochando, batendo palmas para quem o vaiava.
É graça uma porra dessa?
E quem num tá pra graça é o menino Kieza. Depois de um lançamento preciso de Victor Ramos (viu, sacana, que voltar à cachaça lhe fez bem?), ele ganhou do zagueiro e, com a categoria de quem conhece a zona do agrião, deixou o goleiro Victor mais perdido do que surdo em dia de bingo cantado e guardou a criança. Birro 4, gritou o locutor.
No fim, Alípio ainda teve a chance de garantir os três pontos, mas parece que incorporou o espírito de… vander. E mais não digo, que é pra num dar azar. Alô, Elsimar Coutinho, já passou da hora de capar este cidadão que envergonha a camisa 17 do Vitória.
Literalmente, no peito e na raça. O único erro de Kieza neste campeonato é esta chuteira colorida.